quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


 Câncer das glândulas salivares é uma doença em que células malignas são encontradas nos tecidos das glândulas salivares. As glândulas salivares são responsáveis pela fabricação da saliva, o fluído despejado na boca para mantê-la úmida, que ajuda a dissolver o alimento ou iniciar a digestão, além de ajudar a proteger os dentes contra cáries. Devemos lembrar que é importante beber bastante água durante o dia, pois desidratação é um dos grandes fatores de risco para doenças das glândulas salivares.
Onde estão localizadas as glândulas salivares?
Os agrupamentos maiores das glândulas salivares (ver desenho) são encontrados embaixo da língua (glândula sublingual), nos lados da face, em frente das orelhas (glândula parótida) e embaixo da mandíbula (glândula submandibular). Menores agrupamentos são encontrados em outras partes do sistema digestivo superior: nos lábios, na bochecha (mucosa bucal) e em outras camadas da boca e garganta. Estas últimas são conhecidas como as glândulas salivares menores.
Quais são os problemas que afetam as glândulas salivares?
Muitos dos crescimentos (tumores) nas glândulas salivares não espalham para outros tecidos e não são cânceres. São chamados de tumores benignos e seu tratamento é diferente do tratamento do câncer. Além de tumores, alguns outros problemas que podem acontecer nas glândulas salivares são: obstrução, infecção e aumento de tamanho da glândula causado por infecção de HIV (AIDS) ou por diabetes e alcoolismo.
Quais são os sintomas?
Um médico deve ser consultado caso haja inchação embaixo do queixo ou ao redor da mandíbula, o rosto comece a ficar dormente, os músculos do rosto não mexam, dor no rosto, queixo ou pescoço que não passa. Com estes sintomas, o médico vai examinar a garganta e pescoço utilizando espelhos e luzes. Pode também solicitar uma tomografia ou exame de ressonância magnética para verificar as partes internas da garganta e pescoço. Caso algum tecido anormal seja identificado, deve haver a realização de uma biopsia para verificar a malignidade dos achados.
Quais são as características do câncer?
Uma vez diagnosticado o câncer nas glândulas salivares, é preciso verificar o grau de extensão da doença para outras partes do corpo (estádio, variando de 1 a 4) e identificar a velocidade de crescimento do tumor, sendo de alto ou baixo grau de crescimento. O grau baixo cresce mais lento do que o outro. O estádio 1 trata-se de um câncer localizado. Ele não deve estar com mais de 4 centímetros em diâmetro e não ter espalhado para o tecido ao redor ou para os gânglios linfáticos adjacentes. Já na última categoria (estádio 4), o tumor pode apresentar várias configurações: a) pode estar com mais de 6 centímetros de diâmetro e ter espalhado para a pele, tecido mole, osso e nervo ao redor da glândula; b) pode também ser de qualquer tamanho mas ter afetado mais de um gânglio linfático (linfonodos) no mesmo lado do rosto, ou em ambos os lados do pescoço; c) pode ter espalhado para outras partes do corpo.
Como é o tratamento desse tipo de câncer?
Se um tumor for encontrado nas glândulas salivares, a sua remoção via cirurgia é recomendada. A maioria das massas encontradas na área da glândula parótida é benigna (não cancerígena). Quando a cirurgia é necessária, contudo, todo cuidado é necessário para evitar danos ao nervo facial dentro da glândula que movimenta os músculos da face, incluindo a boca e os olhos.
Quando massas malignas são encontradas na glândula parótida, pode ser possível remover os tumores e ainda preservar o nervo facial. Tratamento radioterápico é normalmente recomendado após cirurgia. Isto é feito tipicamente entre quatro a seis semanas após a realização do procedimento cirúrgico, para permitir a cicatrização adequada antes da irradiação.
Radioterapia pode ser realizada por máquina externa (teleterapia) ou pela colocação de partículas radioativas diretamente nas células cancerígenas via tubos plásticos finos inseridos diretamente nos tumores (braquiterapia). Um tipo de radioterapia utilizando partículas chamadas “neutrons” colocadas nas células tem se mostrado efetiva no tratamento do câncer das glândulas salivares. A utilização de drogas em conjunto com a radioterapia para fazer as células mais sensíveis à radiação está sendo testada em vários países. Um terceiro tipo de tratamento, comum para vários outros tipos de câncer, a quimioterapia, ainda está em fase de experimentação.
Na realidade, os tratamentos dependem do estágio da doença e do seu grau de desenvolvimento. Tumores de alto grau de crescimento normalmente são tratados por cirurgia acompanhado por radioterapia ou por radioterapia somente. Alguns ainda estão sendo acompanhados por quimioterapia experimental. Se o câncer já estiver no estádio 4, o tratamento normal é apenas a radioterapia sozinha ou acompanhada com quimioterapia experimental. Os mesmos princípios de tratamento são recomendados para massas encontradas na região submandibular ou nas glândulas salivares menores dentro da boca ou garganta superior.
Quais são os resultados da cirurgia?
A remoção de uma glândula salivar não produz a condição conhecida como "boca seca", ou xerostomia. O tratamento radioterápico na área da boca pode causar este sintoma desagradável provocado pela diminuição da produção de saliva. O médico pode prescrever uma medicação para reduzir a secura da boca nestas circunstâncias. 

neurofibromatose


O que é:

A neurofibromatose, também conhecida como Doença de Von Recklinghausen, é caracterizada pelo crescimentos anormal de tecido nervoso mole e carnudo denominados neurofibromas, que ainda não tem cura mas que pode ser tratada com medicamentos, cirurgia e radioterapia.
Esses tumores surgem na pele e em geral depois da puberdade, entre os dez e os quinze anos de idade.

Tratamento para neurofibromatose

Nenhum tratamento consegue deter a evolução da neurofibromatose ou curá-la, mas os tumores individuais são removidos cirurgicamente ou o seu volume pode ser reduzido com a radioterapia.

Sintomas da neurofibromatose

Os sintomas da neurofibromatose podem variar de um indivíduo para o outro, mas pode haver:
  • nódulos na pele com a cor de café com leite e bordas bem definidas;
  • comprometimento dos nervos afetados;
  • sardas inguinais e axilares;
  • comprometimento da coluna;
  • lesão óssea característica.
Pode haver ainda comprometimento intelectual; hipertensão; alteração renal; alterações cardíacas; dor de cabeça; alterações da visão; epilepsia.

Consequências da neurofibromatose

Em alguns casos, os tumores causam problemas no esqueleto, como a curvatura anormal da coluna vertebral, deformidades das costelas, aumento dos ossos dos braços e das pernas e defeitos dos ossos do crânio e em torno do olho.
Outras consequências da neurofibromatose são os problemas neurológicos, já que os neurofibromas podem afetar qualquer nervo do corpo, podendo tornar-se uma séria ameaça quando comprimem a medula espinhal, ou os nervos cranianos causando cegueira, tontura, surdez e incoordenação.
Os indivíduos com uma forma mais rara da doença, denominada neurofibromatose tipo 2, apresentam tumores no ouvido interno que podem causar perda da audição e, algumas vezes, tontura, em indivíduos com apenas 20 anos de idade

doença de wilson


Doença de Wilso

A doença de Wilson, também denominada degeneração hepatolenticular, é uma doença de origem genética (causada por um gene autossômico recessivo), responsável por levar ao acúmulo de cobre no organismo, especialmente nos tecidos encefálicos e hepáticos.
Em 1883 já se conhecida a degeneração hepatolenticular, denominada por Westphal, naquela época, de pseudoesclerose, pois os pacientes apresentam tremores e rigidez. Já em 1898, Strümpell observou a afecção no fígado durante a autópsia de dois pacientes que apresentavam quadro de tremores. Contudo, foi apenas em 1912 que Kinnier Wilson descreveu a forma clássica da doença, denominando-a de degeneração lenticular progressiva. Em 1921, Hall passou a chamá-la de degeneração hepatolenticular.
O cobre é encontrado na maior parte dos alimentos, sendo que pequenas proporções dele são essenciais para o bom funcionamento do organismo. Em certas circunstâncias, pode ocorrer uma ingestão maior do cobre do que o necessário; todavia, indivíduos saudáveis eliminam o cobre de que não necessitam, porém os pacientes da doença de Wilson não realizam esse processo espontaneamente.
Nos pacientes dessa doença, o acúmulo de cobre inicia-se logo após o nascimento. Seu excesso afeta o fígado e o cérebro, causando hepatite e sintomatologia neurológica e psiquiátrica. As manifestações clínicas habitualmente surgem no final da adolescência. Os pacientes podem apresentar doença do fígado ou alterações na função desse órgão, icterícia, aumento abdominal, vômito com sangue ou dor no estômago. Anomalias motoras também podem estar presentes, como: tremores ou descoordenação motora, dificuldade para andar, rigidez muscular, reflexos anormais, dificuldade na fala e deglutição (com consequente sialorréia) e reações oculares anormais. Também podem desenvolver problemas psíquicos, como depressão, agressividade, comportamento anti-social, impulsividade.
O quadro clínico pode ser traduzido por uma anemia hemolítica ou sintomatologia semelhante ao do mal de Parkinson. Irregularidade no ciclo menstrual pode estar presente nas mulheres, bem como infertilidade e abortos múltiplos.
O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais, quantificando o nível de cobre na urina e sangue, além de verificar se há  a presença do anel de Kaiser-Fleischer nos olhos, embora nem sempre esteja presente. Todavia, quando está, é um sinal corroborativo da doença. Como pode ser invisível a olho nu, se faz necessário a realização do exame com lâmpada de fenda. Caso seja necessário, pode ser feita uma biópsia hepática. Com frequência, anomalias cerebrais são detectadas por meio da ressonância magnética ou PET scan. É importante que parentes de portadores da doença realizem exames, pelo menos duas vezes na vida, preferencialmente aos 5 e aos 15 anos de idade.
Esta doença é facilmente tratada. Por meio de uma terapia adequada, a progressão da doença pode ser freada e, em muitos casos, o quadro pode ser revertido. A terapêutica empregada objetiva retirar o excesso de cobre depositado nos tecidos e evitar um novo acúmulo. O tratamento deve ser realizado para o resto da vida do paciente. Este consiste na combinação de fármacos associados a uma dieta alimentar adequada, com a mínima ingestão de cobre possível, pelo menos na fase de remoção do elemento acumulado. Os fármacos de eleição são: penicilina, trientine e acetato de zinco.